Eu e ele.

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A nossa história não foi amor à primeira vista, foi mais um enemies to lovers, para ser sincera. De primeira, ele me achou maravilhosa, mas com cara de nojenta. Eu o achei interessante, mas com cara de quem não prestava. Ele perguntou o meu nome, mas não disse o dele. Eu perguntei se ele já tinha sido preso. 

A abertura da conversa veio através das tatuagens. Eu tentei observar as tatuagens dele discretamente, porém, sou míope, então ele literalmente viu no meu rosto o que eu estava fazendo (porque nós, míopes, temos o costume de franzir o cenho para conseguir enxergar melhor).

Não temos muita coisa em comum. Eu sou sal, ele é açúcar. Eu gosto de comida saudável, ele ama uma fritura. Eu sou friorenta, ele é calorento. Eu sou intensa, ele é contido. Eu sou tagarela, ele não gosta de conversar. Eu sou inimiga da tecnologia, ele trabalha com isso. Mas a vontade de estar juntos faz com que tudo funcione e valha a pena. 

Muitas vezes nossos mundos colidem e lembramos o quão diferentes somos, mas tudo se resolve com um beijo e um abraço porque o amor sempre fala mais alto.

A gente não se completa, se soma. Não somos metades buscando outras metades para virar 1, somos inteiros levando nossos mundos para o outro.

| 29 de junho de 2024 |