Vale a pena conhecer as Cataratas Argentinas?

Reprodução/H2FOZ

Localizada na cidade de Puerto Iguazú, o parque das Cataratas Argentinas fica há 15km de Foz do Iguaçu, no Brasil.

Dona de uma estrutura melhor que a do Brasil, o lado argentino vale a visita!

Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma das Sete Maravilhas Mundiais da Natureza, as Cataratas do Iguaçu "começam" em Foz do Iguaçu, no Brasil, e "terminam" em Puerto Iguazú, na Argentina, sendo separada por uma fronteira imaginária que delimita o espaço físico dos dois países. 

Apesar de ser uma coisa só, cada país (Brasil, Argentina) tem o seu parque, a sua estrutura, os seus ingressos, a sua autonomia e a sua visual, o que diferencia bastante a experiência em cada lado. 


| Qual a maior diferença entre o lado brasileiro e o lado argentino?

Lado Brasileiro VS Lado Argentino/Reprodução/Arquivo Pessoal

Basicamente, a maior diferença entre os dois lados é que no lado brasileiro vemos as cataratas de frente e de lado. Já no lado argentino, vemos de cima.

Fora isso, o lado argentino tem uma estrutura melhor, mais nova e mais moderna; porém, é tudo bem mais caro, mesmo o peso argentino sendo uma moeda bastante desvalorizada em relação ao real. Para se ter uma noção: do lado brasileiro, o ingresso custa R$75 para brasileiros, já do lado argentino, $10.000 ARS (cerca de R$212). Um salgado do lado brasileiro custa em média R$15, do lado argentino, R$32. Esses valores são de 2023.

Essa diferença de preço se estende a tudo dentro do parque, desde ingresso e alimentação a souvenirs e transporte.


| Como ir para o lado argentino?

Eu fui na loucurada com os meus amigos: pegamos um táxi, no Brasil, até a aduana, descemos no lado brasileiro, atravessamos a pé e, do lado argentino, pegamos um táxi para ir até o parque. A volta foi complicada, porque já era de madrugada (depois do parque fomos conhecer a cidade e terminamos nossa noite no cassino) e não conseguíamos táxi para voltar para o Brasil, já que só taxistas argentinos credenciados podiam fazer a travessia e todos já estavam com clientes.

Então, baseada na minha experiência, recomendo ir com transfer. O transfer vai te levar e buscar no horário e valores combinados, sem surpresa ou estresse; diferente do táxi/uber, que você depende da disponibilidade e boa vontade deles.

Grupos de excursão com agências de viagem certificadas também é uma opção, apesar de mais caro.

Se você quiser aventura, emoção e estresse, vá de táxi/uber igual eu fiz. Deu certo da mesma forma e foi infinitamente mais barato, paguei R$25 na ida e R$20 na volta. O transfer e os grupos de excursão que eu tinha olhado, cobravam entre R$100 e R$250 por pessoa pelo mesmo serviço.

Aí vai de cada um, arriscar e pagar mais barato ou ir com tudo certo, sem estresse, e pagar mais caro.


| Quais as atrações do lado argentino?

Reprodução/Arquivo Pessoal

Logo que entramos no parque, deparamos com várias placas indicando as trilhas e atrações disponíveis. São elas:

  • Sendero Verde: um percurso de 600m que leva até à Estação de Trem Cataratas, sem atrativos.
  • Garganta do Diabo: trilha de 1.100m que leva a queda d'água da Garganta do Diabo, que vemos de cima (vista frontal apenas do lado brasileiro).
  • Paseo Superior: trilha de 650m que permite uma vista panorâmica (de cima) dos saltos.
  • Paseo Inferior: trilha de 1.700m que permite uma vista panorâmica (de baixo) dos saltos.
  • Macuco*: trilha que leva à cachoeira Arrechea.

*Do lado brasileiro, essa atração é um passeio de bote pelas águas das cataratas, levando até a base da queda d'água.


| Quanto tempo ficar no lado argentino?

Quando eu fui, fiquei cerca de 3h e consegui ver apenas a praça de alimentação, as lojinhas e a Garganta do Diabo (fiz o passeio de trem até lá, desci na estação, peguei a trilha sobre as águas, cheguei na garganta, assisti a queda d'água e tirei muitas fotos). 

Então, pela minha experiência, recomendo tirar 1 dia inteiro só para esse parque. Tem muita coisa para se ver e o ingresso é caro, então não vale a pena fazer em pouco tempo, como eu fiz.


| Dá para fazer o lado brasileiro e o argentino no mesmo dia?

Com o tempo bemmm espremido e contadinho, tendo MUITA sorte, dá! Porém, não recomendo testar.

A grande questão é o tempo que se perde para conseguir atravessar a aduana (fronteira) entre o Brasil e a Argentina. Têm dias que a travessia é feita em 30 minutos, têm dias que é feita em 4 horas, então é questão de sorte.

Dos dois lados, só é permitida a entrada no parque até às 16h30min. Se você se organiza para ir de manhã no lado brasileiro e de tarde no lado argentino, e pega 4h para conseguir atravessar a aduana, não conseguirá chegar a tempo, a não ser que saía do lado brasileiro ao meio-dia. E, mesmo assim, se conseguir entrar, terá pouquíssimo tempo dentro do parque, porque ele fecha às 18h.

Se não tem outra opção, você quer muito ir e está disposto a passar por todo esse estresse, vale tentar. 

Neste caso, darei a seguinte dica caso a fila da aduana esteja quilométrica: vá de táxi/uber até a aduana, no momento que o carro parar por causa da fila, desça e vá a pé. Digo por experiência, a fila não vai andar, então não perca tempo esperando dentro do carro. Na aduana, você terá que apresentar a identidade, os policiais darão baixa na sua entrada, você passará pelo raio-x e pronto, estará do lado argentino. Dali, pegue um táxi em direção ao parque e seja feliz.

Reprodução/Arquivo Pessoal

Aduana/Reprodução/Arquivo Pessoal

| Qual lado é melhor: brasileiro ou argentino?

Na minha opinião, em termos de estrutura, o lado argentino. Porém, em termos de beleza visual, passeios e custo-benefício, o brasileiro.

Ambos têm o seu lado positivo e negativo, sendo variável a resposta para essa pergunta; pois a individualidade de cada visitante determinará o ponto (estrutura, custo-benefício, passeios) mais importante da visita e, consequentemente, o seu lado preferido.


O passeio das cataratas é lindo e inesquecível, não deixe de viver essa experiência!!!


É isso. Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários!

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