[RESENHA] O conde enfeitiçado, livro #6 da série "Os Bridgertons" *CONTÉM SPOILER*

Até mais ou menos a metade do livro, o meu pensamento era o seguinte:

John que me perdoe, mas desde a página 1 eu shippei Francesca e Michael. 

Francesca e John eram um casal que se amava muito, mas o amor do Michael pela Francesca me conquistou desde o primeiro momento. A química dos dois me deixava sorrindo boba. Como não tivemos muitas cenas de Francesca e John, não posso afirmar se os dois tinham química ou não, mas do que eu vi, achei John... Perfeito demais. E, nesse caso especificamente, eu não gostei da perfeição.

E  Colin segue sendo o melhor irmão Bridgerton. Ele literalmente faz tudo!!!! Com o seu jeito intrometido, mas faz. Ele foi perfeito (e intrometido demais) ao procurar Michael para dar carta branca para ele se casar com a Francesca.


"Case-se com ela.

O que disse?

Case-se com ela.

De quem está falando?

Precisamos mesmo fazer esse jogo?

Não posso me casar com Francesca.

Por que não?

Porque... Porque ela foi casada com meu primo.

Da última vez que verifiquei, isso não era ilegal."


Olhei para o Colin e gritei: PERFEITO!!!!!

Eu amo um Bridgerton casamenteiro!  não podemos nos esquecer de que foi Colin que disse para Benedict que ele deveria se casar com a Sophie (aquela altura, os sentimentos de Benedict por Sophie eram segredo, mas Colin já tinha percebido). Ele foi o fado madrinho nesse matrimônio também.

Depois de terminar de ler o livro, o meu pensamento passou a ser o seguinte: eu acho incrível a habilidade que Julia Quinn tem de estragar histórias que tinham tudo para serem 5 estrelas e personagens que tinham tudo para serem incríveis. Ela acabou com TODAS as qualidades e características que me faziam amar Michael (sua amizade com a Francesca, sua admiração e respeito por ela, seu jeito brincalhão, seu jeito protetor, suas piadas provocantes), indo de um homem carismático, engraçado e brincalhão para um homem possessivo, agressivo, baixo manipulador e tóxico.

Francesca também não fugiu desse estrago, foi de uma mulher reservada, fiel e de bem com a vida para uma mulher chata, indecisa, tóxica, que não sabe mais falar, só gemer (afinal, a única coisa que ela e Michael fazem é transar). 

Todos os traços de amizade, companheirismo e, principalmente, leveza, foram deixados para trás quando Francesca e Michael se envolveram de maneira carnal; e eu nunca vou perdoar Julia Quinn por estragar a amizade que eles tinham. O relacionamento deles antes era lindo, um cristal lapidado, que nada mais se tornou que um 50 tons de cinza de época.

De verdade, como Julia Quinn pode olhar para esse desenvolvimento ridículo de história e gostar?

A minha raiva é tanta que, apresar de não ter terminado a série ainda, já me decidi nunca mais comprar um livro dela. Todas as histórias começam bem, lindas, mas a autora insiste em fazer uma cagada master e estragar todo o trabalho.

A história é incrível até a metade do livro, mais ou menos. Todo o brilho se perde a partir do momento que a Francesa foge para a Escócia. Depois disso é só ladeira abaixo.


| Lido no dia 08/01/21.


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