2018 particularmente foi um ano muito difícil para mim
Dois mil e dezoito tinha de tudo para ser um dos melhores anos da minha vida, eu estava mudando de cidade, iria começar o curso que eu queria, na universidades dos meus sonhos. Eu iria para um apartamento totalmente novo, conheceria pessoas novas, faria novos amigos e havia a possibilidade de arranjar um namorado.
O primeiro semestre foi incrível, tudo de bom que podia acontecer na minha vida, aconteceu - ser popular, ter muitos amigos, ser disputada, arranjar um namorado, sair muito, viajar bastante -, porém, tudo desandou no segundo semestre. As pessoas mais importantes da minha vida simplesmente saíram da minha vida e eu me encontrei completamente sozinha. Eu não tinha mais amigos, não tinha mais namorado, não saía mais, estava me ferrando na faculdade e meus pais estavam longe.
Eu chorava de tristeza, eu chorava de saudade, eu chorava por não saber o que tinha acontecido com a minha vida, eu chorava por estar fracassando.
Nada mais fazia sentindo para mim. Eu não sabia mais quem eu era, no que eu acreditava, pelo que eu lutava, nem se valia a pena continuar lutando - afinal de contas, valia a pena lutar tanto por algo que eu nem sabia o que era?
À noite, eu sentava ao lado da janela do meu apartamento e ficava assistindo as luzes da noite brilharem. Eu olhava para as luzes, pensava em tudo e não sentia vontade de fazer nada. Mais uma vez a depressão estava fazendo parte da minha vida.
Para quem luta contra a depressão, cada dia é um dia de luta. Nós vivemos um dia de cada vez, porque não temos vontade de fazer nada, então não conseguimos pensar a longo prazo. Nada nos consola.
Viver com depressão é aprender o peso das 24 horas diárias, que, nesse caso, parecem nunca passar - o que é uma grande ironia, porque são essas mesmas 24 horas diárias que muitas vezes não são suficientes para fazermos todas as atividades que temos que fazer.
Dois mil e dezenove também está sendo um ano muito difícil para mim, mas eu não deixarei a depressão vencer.
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