CASA COR RS 2018: arquitetos gaúchos deram show de criatividade e originalidade (parte 1)

Hoje, pela primeira vez na vida, prestigiei a CASA COR RS. A mostra que encerra no dia 16 desse mês, ao contrário da mostra em sua versão paulista, estava agradável - não havia super lotação, dessa forma, era possível observar todos os detalhes com calma e sem se estressar com a quantidade de pessoas que ali estavam.

Devo confessar que não estava dando muito pela mostra aqui em Porto Alegre, cheguei, inclusive, a cogitar nem ir, porém fui e foi a melhor coisa que eu fiz.

Uma boa forma de aproveitar um espaço sem utilidade, que não cabe um móvel, é colocando uma escultura! Além de criativo, é elegante. 
Desde 2016, TODAS as edições da CASA COR que já fui (CASA COR MT, CASA COR SP 2017, CASA COR SP 2018, CASA COR RS 2018) tem essa redoma. Objetos dentro de redoma e dentro de caixas de acrílico é uma coisa que vem se repetindo todos os anos.
E essa geração que não sai do celular? A solução encontrada é colocar uma tomada na pedra que fica na área externa da casa, na área de lazer. Arquitetura é isso, unir o útil ao agradável, produzindo coisas práticas e úteis. 

Eu senti que, diferentemente dos arquitetos da CASA COR SP, os arquitetos da CASA COR RS se expressam mais, arriscam mais, ousam mais, dão mais a cara a tapa.

A minha crítica a CASA COR SP 2017 foi que todos os ambientes pareciam iguais, todos os arquitetos seguiram a mesma linha, o mesmo padrão, não teve inovação, não teve um projeto que se destacasse por ser ousado/original. Era muito do mesmo. Esse ano, achei que foi melhor, achei que os arquitetos se permitiram experimentar mais novas possibilidades, mas ainda assim, era muito do que sempre vemos.

Já na CASA COR RS 2018, foi uma experiência completamente diferente. A cada ambiente eu via uma personalidade diferente, eu via uma originalidade, um significado, uma inspiração.

Esse quadro é pintado em uma pedaço de papelão. Achei incrível essa ideia e vi em vários ambientes! #Tendência

Eu vi que os arquitetos gaúchos procuram se expressar através da decoração. Todos os itens usados têm um significado, tem um porquê de estar ali. Eles não simplesmente colocam as coisas ali porque está na moda ou porque querem seguir uma tendência, eles colocam porque tem sentido estar ali, tem uma conexão com o resto; coisa que eu não vejo nos arquitetos paulistas. Eu vejo que os arquitetos paulistas se preocupam mais em seguir tendências invés de propor uma arquitetura nova, com significado. 

Ponto para os arquitetos gaúchos.

Falando em tendência, uma coisa que eu vi que está super em alta é balanço. Vi váriooos, de vários tipos, em vários ambientes (área externa, jardim, quarto, sacada).

Alguns exemplos de balanços que vi. Estavam em um jardim, área externa e dentro de um quarto, respectivamente.
Uma coisa que me deixou muito impressionada visitando a mostra foi a criatividade e originalidade dos arquitetos gaúchos. A forma como eles resolvem problemas, como falta de espaço, é uma coisa que chamou muito a minha intenção e me impressionou muito.

Eu fiquei refletindo sobre o papel do arquiteto e importância dele, e entendi porque não é todo mundo que se dá bem nesse meio. Você tem que ser uma pessoa muito criativa e original para se destacar, porque é isso que as pessoas querem. As pessoas estão cansadas de ver sempre o mesmo, elas querem inovação, originalidade, praticidade e beleza, é um combo.

Para aproveitar um espaço que seria desperdiçado, a arquiteta teve a ideia de colocar uma prateleira na altura do teto. Isso é uma ótima solução para aproveitar espaços de apartamentos, que estão ficando cada vez menores, e por isso nenhum centímetro pode ser desperdiçado. 
Atrás desses pedaços de madeira tem um vidro! O acabamento em madeira dá um conforto maior que o vidro daria, ainda mais que a proposta desse ambiente é ser uma coisa mais rústica, mais de fazenda; porém o vidro dá a segurança que a madeira aberta não daria (se chover, o vidro vai impedir que o lado de dentro do ambiente molhe).
Por que não ter caixinhas identificadas para separar as suas roupas na hora de lavar? Achei tendência.
Uma das melhores ideias que vi em toda a mostra! Que tal substituir aquelas caixinhas feias de sabão em pó por um vaso transparente bonito? Ele não precisa nem ser de vidro, pode ser de plástico ou de acrílico mesmo, só tem que ser transparente. Só arquiteto mesmo para pensar em uma coisa dessas! Arquitetos, eu os venero!!!

E aqui encerro a primeira parte do post sobre a CASA COR RS. Amanhã posto a parte 2! Fiquem de olho.

Deixe-me saber a sua opinião, comente!

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